O presente artigo tem como objetivo analisar as peculiaridades das sínteses de preenchimento intuitivo dos atos intencionais na percepção e na imaginação, apoiando-se nas Investigações Lógicas (1901) de Husserl. Se na percepção a coisa é apreendida diretamente “ela própria” (ainda que em diferentes momentos), na imaginação, a coisa visada originariamente é substituída por um “analogon” que lhe é mais ou menos semelhante (trata-se do fenômeno da reprodução na imaginação por “semelhança”). Ao final, o artigo compara a consciência perceptiva à consciência imaginante, opondo-as aos atos intencionais meramente significativos (nos quais encontramos apenas uma consciência de sinal, sem qualquer preenchimento intuitivo)